Commodities Agrícolas

Ajuda europeia Os preços futuros do café registraram na quinta-feira a maior elevação em mais de uma semana em Nova York. Os contratos para março subiram 285 pontos, a US$2,3060 por libra-peso. Segundo analistas ouvidos pela agência Bloomberg, a commodity acompanhou o bom desempenho de outros ativos após sinais de que Europa pode tomar medidas mais agressivas contra a crise. Ontem, o Banco Central Europeu surpreendeu o mercado ao cortar sua taxa básica de juros, causando euforia nas bolsas. "Muitas das más notícias já foram absorvidas nas quedas recentes, então qualquer boa notícia é suficiente para que os investidores voltem a comprar", disse Michael Smith, presidente da T&K Futures & Options. No Brasil, o indicador Cepea/Esalq subiu 1,87%, a R$467,70 por saca. Risco climático As especulações em relação ao clima no Brasil e na Argentina e o maior apetite dos investidores por ativos de risco levaram a soja a registrar sua alta mais expressiva em três semanas na quinta-feira. Na bolsa de Chicago, os contratos para janeiro fecharam com valorização de 24,50 centavos, cotados a US$12,2725 por bushel. "O clima começa a parecer menos promissor para a soja na América do Sul, o que pode ter estimulado algumas compras", disse Jerry Gidel, analista da North American Risk Management Services, à agência Bloomberg. Meteorologistas dizem que o fenômeno La Niña pode acarretar em falta de chuvas no continente. "O corte dos juros na Europa também estimulou o apetite dos investidores", acrescentou. No Brasil, o indicador Cepea/Esalq subiu 2,13%, a R$48,00 por saca. Oferta retraída Os contratos futuros de milho negociados na Bolsa de Chicago pegaram carona em outros ativos e fecharam a quinta-feira com valorização. Os lotes para março subiram 7,75 centavos, a US$6,6375 por bushel. A decisão do Banco Central Europeu de cortar sua taxa básica de juros surpreendeu os mercados financeiros, que registraram ganhos generalizados. Segundo analistas ouvidos pela Dow Jones Newswires, o milho também é sustentado pela postura retraída dos agricultores nos EUA, que parecem reter a oferta à espera de preços mais interessantes. O resultado das exportações semanais americanas também agradou e ajudou a impulsionar as cotações. No Brasil, o indicador Cepea/Esalq caiu 0,13%, a R$30,75 por saca. Influência externa Os preços futuros do trigo fecharam a quinta-feira em alta nas bolsas americanas. Em Chicago, os contratos para março avançaram a US$6,6825 por bushel, uma valorização de 9,25 centavos. Em Kansas, o vencimento fechou a US$7,3450 por bushel, um ganho de 6 centavos. Segundo analistas ouvidos pela Dow Jones Newswires, as cotações acompanharam a alta de outras commodities agrícolas em dia de euforia nos mercados devido à decisão do Banco Central Europeu de reduzir os juros no bloco. Preocupações com a falta de chuvas no sul das Planícies americanas também deram sustentação aos preços do trigo. No Brasil, o preço médio do trigo pago ao agricultor do Rio Grande do Sul subiu 0,29%, a R$426,97 a tonelada, segundo o Cepea/Esalq. Fonte: Valor Online. Pela Redação. 4 de novembro de 2011.
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